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FAZER ASSOCIATIVISMO

Textos sobre as minhas vivências associativas

FAZER ASSOCIATIVISMO

Textos sobre as minhas vivências associativas

A alegria de dizer : BOM DIA!

Todos nós vivemos com um desejo intenso de sermos felizes. E, naturalmente, cada um de nós, vive procurando construir o seu sentido de felicidade.

Por vezes, talvez, até nos interroguemos : O que é isso de ser feliz?
Ao longo da vida, tenho procurado reflectir sobre esse sentido da felicidade, esse caminhar todos os dias, nesse procurar construir “felicidade”.
 
E, obviamente, uma ideia central tem sido forjada no meu pensamento, nomeadamente, que, qualquer um de nós, só é, de facto, verdadeiramente feliz, quando o seu “eu” se apresenta aos outros naquilo que verdadeiramente é, ou seja, a nossa “infelicidade” reside, no querermos parecer ser aquilo que não somos.
 
Uma ideia força aprendi um dia, numa frase que li de um político inglês : é que nós podemos enganar algumas pessoas uma parte da vida, podemos enganar outras pessoas outra parte da vida, mas não podemos enganar toda a gente a vida inteira.
Isto leva-me a abraçar aquela outra ideia que, ao logo do tempo, pela experiência de vida, me tem dado muitas vezes razão – o tempo explica tudo.
 
Nesta procura da felicidade cada qual “orienta-se” por aquilo que sente ser o sentido da construção da sua felicidade.
Uns querem ser isto, outros querem ser aquilo. Uns movem-se por bens materiais, outros movem-se por ideais.
Uns movem-se pela afirmação. Outros movem-se pela negação.
Cada qual realiza-se como entende e constrói, assim, essa sua dimensão de felicidade.
Eu sinto-me feliz por dizer : BOM DIA!
 
Cá por mim, que já estou habituado a ser “rotulado” de tudo e mais alguma coisa, há uma coisa que me dá uma imensa alegria, todos os dias ao acordar, olhar-me ao espelho e sentir o meu olhar com satisfação de quem não tem vergonha de si próprio, nem do seu percurso de vida.
Acordar e sentir a vida, sentir a energia do coração e, enquanto viver, expressar essa força que me leva a dizer, bem alto : BOM DIA!
 
Sinto que é isso, de facto, o tempo tudo esclarece. Por essa razão, a verdade das coisas e as memórias dão-me uma profunda paz interior.
Já passei, nos anos vividos, pelas mais diversas tentativas de destruição de carácter e, por todas elas, passei de forma sublime e com dignidade.
É por tudo isso que gosto de dizer : BOM DIA!
 
E digo BOM DIA, bem alto, porque defini, sempre como modo de ser e estar, na vida profissional, na vida social, no construir os dias com valores e princípios.
Nunca abdiquei de viver a minha cidadania. E, ao longo do tempo paguei facturas por tal facto.
Há três palavras que marcam o meu pensar e o meu modo de estar : Liberdade, Ética e Integridade.
 
Estas foram, na verdade, palavras que aprendi e aprofundei, ao longo dos anos, da minha experiência de vida associativa.
Porque penso e vivi, sempre, o associativismo como uma escola de LIBERDADE.
Porque penso e vivi, sempre, o associativismo com um forte sentido ÉTICO de vida.
Porque sempre vivi (e acho que todos aqueles que vivem e sentem o associativismo devem assumir) uma dimensão ÍNTEGRA e vertical de vida ao participar na vida associativa.
É por isso que, todos os dias pela manhã, gosto de dizer : BOM DIA!
 
Afinal, um dos espaços onde eu aprendi a viver um sentimento de “felicidade” foi nas minhas vivências do associativismo.
Deixei muita coisa para trás, devido à minha envolvência no associativismo e no cooperativismo, e, digo-vos, não estou nada arrependido de ter dado o meu tempo a estas causas nobres.
Ainda hoje, com menos intensidade, continuo a dar o meu contributo para que o associativismo se afirme como um espaço onde a esperança, a solidariedade e o sonho num mundo melhor, sejam uma energia que motive e mobilize homens e mulheres que dão de si, pelos outros, sem querer mais nada em troca, se não essa alegria de dizer : BOM DIA! 
 
António Sousa Pereira

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